domingo, 18 de março de 2012

Ricota gosta de Picanha

No final dos anos 70 os muros do Rio ficaram cobertos por um grafite que proclamava: “Celacanto provoca Maremoto!”. Era grafado sempre da mesma forma, e em locais estratégicos da cidade. Foi um mistério que perdurou por muito tempo, mas cuja origem era evidente para quem assisitiu National Kid nos anos 60. Mas isto já é uma outra história.

Eles se conheceram no trabalho em São Paulo no início dos anos 90, e ficaram Amigos. Um era carioca e tinha estudado na PUC-RJ, onde a história do Celacanto era tremendamente famosa. O outro era paulista. Com o passar do tempo, o carioca notou que o paulista fazia bastante sucesso com as Mulheres, e um dia lhe perguntou qual era a causa.
- “É simples”, respondeu o Amigo. “Quando tomo banho eu não lavo bem o pau, e fica um pouco daquela sujeirinha – aquele ‘queijinho’ – em volta da cabeça do animal. E mulher adora isto, daí o meu sucesso!”

Ao ouvir tal explicação, o carioca imediatamente apelidou o don juan paulista de ‘Ricota’.

Mais alguns meses, e nova observação: o questionador observou que Ricota usualmente se fazia acompanhar por Senhoritas mais... “fornidas”, e novamente foi questionar seu Amigo.
- “É, eu gosto de carne com uma gordurinha!”, retrucou o outro. (Anos depois o questionador ouviria esta frase em outra forma: “mulher boa é aquela que enche a cama!”, aparentemente um ditado com origem nas arábias.)

Imediatamente foi cunhada a expressão “Ricota gosta de Picanha!”, que passou a ser espalhada pela Empresa onde os dois trabalhavam. Papéis com a frase no mesmo formato do “Celacanto” original apareceram por todo lado. Mas como muitos anos haviam passado, a cidade era outra e a nova frase nada tinha a ver com a original, evidentemente ninguém entendeu nada. E aquilo se tornou uma “private joke” entre os dois.



Esta lembrança é uma homenagem ao Amigo que, passadas duas décadas, continua barbarizando com as Picanhas. Pelo jeito, a ricota continua fazendo sucesso!


(mar/2012)

terça-feira, 13 de março de 2012

O Italianinho Abusado

"Visto que sou um respeitável Pai de família, utilizarei aqui um cognome: podem me chamar de "Italianinho".

No último final de semana passei uma agradabilíssima noite na companhia de um Amigo que mora em São Paulo e de seu Irmão que tinha vindo do Rio de Janeiro para um show no dia seguinte. Depois de tomar todas, me despedi já tarde da noite e desci para pegar o carro. Lá chegando, notei que havia esquecido a carteira e o celular, e retornei para apanhá-los. Toquei a campainha do apartamento e tive um choque quando a porta se abriu: meu Amigo já havia se recolhido, mas seu Irmão atendeu vestindo apenas uma cueca slip. Seu peito peludo me causou um arrepio que correu do cangote ao esfíncter, e me ocorreu que até o momento não havia me dado conta que a separação o deixou mais viril, mais másculo, mais... interessante!

A cueca não ocultava o membro volumoso, certamente avantajado em função dos recentes e constantes exercícios com as bronzeadas gatinhas cariocas, pensei eu com uma pontinha de inveja (delas).

Ele estava arrumando o sofá-cama, e candidamente me ofereci para ajudá-lo, o que ele aceitou de pronto - e até com um sorrisinho safado. Peguei uma ponta do lençol e ele pegou a outra, e o jogamos sobre o estrado. Não havia colchão, reparei, o que me fez crer que, além de se exercitar nas artes do sexo, ele também vinha flertando com as ciências iogues. A cada vez que nossos corpos se curvavam eu sentia o que para mim eram incômodas novidades: uma intumescência no pau, uma incontrolável vontade de jogá-lo de bruços sobre os lençóis mal arrumados, a carótida pulsante. Quando num descuido deliberado nossos braços se roçaram, senti a eletricidade no ar. Ele se aprumou, aproximou-se e, no exato momento em que colocava a vara para fora, o Amigo que mora em São Paulo, não sei se em busca de água ou ávido por sucos mais viscosos, chegou à sala. Notei com certa surpresa que usava um corpete de couro, e trazia um chicotinho de vinil preto, além de uma prótese lingual de Gene Simmons que ele colocava intermitentemente para fora, como uma cobra sibilante pronta para o bote.

Eu e o irmão que tinha vindo do Rio congelamos, enquanto o Amigo que mora em São Paulo começou uma dança de sensualidade exacerbada e gosto mais do que duvidoso. O cabo do chicotinho ele usava para, em movimentos lentos, circulares e penetrantes, alargar seu orifício, totalmente exposto pelo corpete que, embora fechado no períneo, era vazado no cu, além de permitir que a pica crescesse à vontade sob uma camisinha preta acoplada. À medida que o chicote sumia dentro do Amigo que mora em São Paulo, a pica plástica se inflava.

O constrangimento seguia nos paralisando, quando a porta principal se abriu, de sopetão. A esposa do Amigo que mora em São Paulo chegava do passeio noturno com seu cão galgo. Atônito, o irmão que tinha vindo do Rio tentou se explicar, mas só o que se ouvia eram balbucios. O cão, se excitou, e a esposa ainda teve tempo de se lembrar que deveria levá-lo logo para ser castrado antes de desmaiar. O Amigo que mora em São Paulo correu para acudi-la, e tentava reanimá-la, de bruços, quando o galgo montou em seu cangote e introduziu sua fina, longa e rosada benga no lasseado buraco do marido de sua dona.

Foi quando o black-out ocorreu, e dali pra frente, só posso afirmar que as coisas ficaram muito, muito confusas."