quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mas, Manoel, e o cheiro?!?...

Dizem que os Homens gostam de Mulheres em roupas de couro...

... porque tem cheiro de carro novo!!!

Será verdade?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pérolas da ABUSADA

A Revista ABUSADA eventualmente publica pérolas em sua capa (já no interior vão as ostras). Por exemplo, uma expressão ANTOLÓGICA criada por eles foi "losango com orelhas"... Lembro ainda de uma "ESPOSAS INSATISFEITAS: como ajudar???"

Apresentamos abaixo algumas amostras (com as respectivas edições):
(67) DANIELA: Leite Quente e Rosquinha pela Manhã
(64) CARNAVAL: Suzana, destaque na Mangueira
BIANCA com bananas e uvas
(61) SUZY RIOS espetada ao molho branco
SODOMIA: veja como se faz!
(55) BIG MACKY: provou, não esquece!
ERIKA: com BIC, educando a bacurinha
Tudo sobre a Ferramenta
(53) Sodomia: Bruna Ferraz faz Au, Au!
(51) Filha única e Mãe viúva: todas no mesmo saco
GORDINHA: maioria é tarada!
(49) Sodomia lubrificada não dói nada
(47) BUMBUM SKOL: desce macio e redondo
(46) SUZY: noiva dá o buquê
(43) SODOMIA: muito gel faz chupitar
PERFORMANCE: consolos para lassear
(42) Surubalada!
(Festa 3) TESTE DO SOFÁ: resultado sai no ato!

E finalmente uma matéria de capa de exemplar que vi recentemente nas bancas:
"COMPROVADO:
DAR O CUZINHO
ALARGA OS QUADRIS
E DEIXA O BUMBUM REDONDO!"

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Backstage Pass

RHANA ABREU
CANECÃO RJ, 30 de julho de 2010

GGF sempre disse que iria tocar no palco do Canecão (RJ) quando fizesse 50 anos.

Sua idéia era contratar uma Banda - os Titãs, ou talvez o Skank - para o show principal. E ele com amigos faria um show secundário, de abertura. Convidaria outros amigos para cantar. Há anos me perguntou o que eu cantaria no Canecão em seus 50 anos, o que me fez pensar: Cheap Trick? The Cars? Golden Earring? Mas até parece que eu não o conheço...

Há males que vêm para o bem. GGF quase quebrou a perna jogando futebol, e precisou operar o joelho. Inerte na cama, optou por aprender a tocar decentemente a guitarra que já arranhava. E o fez por intermédio da obra e graça de RHANA ABREU e sua Banda. Quando ficou bom (da perna, não na guitarra) foi convidado a tocar alive on stage aqui e ali, uma vez ou outra, em uma ou outra música, só para sentir o gostinho. Mas ele gostou do gostinho e foi fundo no Business. Começou a empresariar a Banda e a se dedicar mais às aulas. Assumiu o posto de guitarra base. A Banda foi crescendo, e ele junto. Open airs. Lançamento de CD. Programa do Jô. Troca de formação. Acústicos. Até que, no mês de seu cinqüentenário... um convite para tocar no Canecão!

Na condição de fotógrafo amador, ganhei backstage pass com acesso a camarins e Palco. E pude presenciar na totalidade um evento marcante para quem tem Rock nas veias e sinapses. As entrevistas com Rhana e Banda nos camarins. Os músicos dando os últimos retoques em seus instrumentos no palco, por trás da cortinas fechadas, eu lá, ouvindo o ruído da audiência de mais de mil pessoas do outro lado do pano. Rhana convoca todos para orar. Concentração... anunciação... e o show começa. Estou no palco, minha alma não cheira a talco, estou concentrado nas fotos e pouco consigo acompanhar o show, o foco é só no visual. Mas dá para perceber o amadurecimento de GGF na guitarra e de Rhana como frontwoman. A única vez que os havia visto fora 1 ano antes em um open-air em Cambuquira tumultuado por bêbados que desfilavam na boca do palco e pediam aos gritos:
- "Toca Raul!"
- "Toca Zé Ramalho!"
- "Toca Pink Floyd!"

Como vivemos em um País onde os direitos de poucos se sobrepõem aos de muitos (e assim 200 pés-rapados conseguem interromper o trânsito na Via Dutra, ou então 200 pés-rapados conseguem bloquear a Avenida Paulista, e assim por diante) os 8 bêbados conseguiram tumultuar um puta show ao ar livre. Mas não hoje: por mais que esteja concentrado nas fotos não consigo conter o entusiasmo nas versões ARRASADORAS de "Ovelha Negra", "Ideologia" e "Que País é Este", durante o set 'Homenagem'. É curioso: estas versões destas músicas são muito superiores às originais, e também àquelas feitas por outros intérpretes, o que me leva a concluir que NÃO É a qualidade das versões que faz o sucesso de uma Banda...

Após o show volto aos camarins do Canecão, que estão em festa. Belas e decotadas Sereias, muitos músicos, amigos e penetras. Pai & Mãe de Cazuza estão lá, e recebem uma procissão de fãs e admiradores do poeta que foi meu porta-voz, e pelo visto de muita gente; algo como Maria e José recebendo caravanas de fiéis após a morte de seu Filho. Me juntei às conversas, contei coisas que tinha visto Cazuza fazer ao vivo nos mais de 30 shows dele que vi, e ouvi ótimas histórias também.

Às 3 da manhã estou conversando com o filho de Rhana no palco vazio do Canecão deserto. Às 4 estou com GGF na Pizzaria Guanabara no Baixo Leblon. Ele sempre falou que iria tocar no Canecão quando fizesse 50 anos. E sempre falou também de um outro plano ainda mais audacioso e estratosférico, que não tenho dúvidas que vai se realizar. Quando isto ocorrer, aqui será registrado.

Provavelmente quando ele fizer 60 anos...

(ago/2010)

Machine Sublime

VIVE LA FÊTE
COMITE CLUB, Baixo Augusta, São Paulo, 05 de agosto de 2010

Há vários anos espero para ver um show da dupla belga VIVE LA FÊTE ao vivo. Quase cancelei a subida ao Campo Base do Everest em outubro de 2008 quando soube que iriam tocar em São Paulo naquele mês: afinal, o Everest continuaria lá, mas não sabia quando conseguiria ver o VLF novamente...

Finalmente consegui presenciar o espetáculo de eletronic-dance-techno-guitar in loco. Na última hora o Amigo FM decidiu sacrificar horas preciosas de sono, e compareceu ao evento. Marcado inicialmente para as 22hs de uma 5ª feira em um Clube azul para 600 pessoas (quase um Aeroanta) na região central de São Paulo, o espetáculo ficou prometido para a meia-noite mas só começou à 01h30m da matina.

Sob uivos da platéia de todas as idades, iniciaram o show com “Nuit Blanche”, com os 4 músicos totalmente vestidos de preto com uma faixa preta de “Maquilage (c’est Camouflage)” sobre os olhos estilo Pris, a replicante pleasure model de Daryl Hannah em BLADE RUNNER. Já a louraça vocalista ELS PYNOO trajava colete militar preto... e calcinha! A sucessão de hits só era abafada pela performance exuberante de Els, que não pára de se mexer um único instante, jogando a cabeça e os cabelos de um lado para o outro ininterruptamente. Um jogo magistral de luzes, e a guitarra de DANNY MOMMENS cuspindo riffs como se fosse um Angus Young do techno dance. O baixista lembra um Robert Smith um pouco mais "recheado", o que imediatamente remete ao comentário de SIOUXE sobre o guitarrista do THE CURE quando estes excursionaram junto aos BANSHEES: "ele parece uma salsicha empanada". O tecladista executa o ritmo hipnotizante que caracteriza o VIVE LA FETE, e como todas as músicas são razoavelmente parecidas, a todo momento FM brada:
- "É desta música que eu gosto!"
Em determinada altura o ritmo muda um pouco, e ele reclama contrariado:
- "Eu gosto mais daquela outra..."
Quando a execução seguinte retoma a batida característica, ele balbucia com um sorriso de criança feliz no rosto:
- "É esta!!! É desta que eu gosto!"

Passam por “La Vérité” e “Machine Sublime”. Tocam até mesmo “Jesus Christ Superstar”. Para mim o ponto alto é a espetacular “Noir Désir”, que executam sem os ups and downs do gran finale, pelo contrário transformando tudo em uma avalanche sonora, um rolo compressor musical debaixo dos uivos e urros lacerados da loura lasciva de cacinha. Antológico, impagável, inesquecível.

A última música é a irresistível e envolvente “Ev’rybody Hates Me (‘cause I Rock’n’Roll)”, do disco novo. Els apresenta então os músicos pelos primeiros nomes, faz biquinho francês para gemer "obrigado" e se retira do palco. Os 4 músicos começam a levar som pesado e o fazem por quase 1/2 hora, brincando com o prazer de uma "jam" ao vivo. Encerram com uma versão de "I Wanna Be Your Dog" dos STOOGES na qual o tecladista soca seu keybord com o punho fechado, extraindo o som do piano original da música através de um único movimento repetitivo que mais parece uma masturbação sem imaginação. Mas não é o fim do show: Danny Mommens, o guitarrista / composer / líder da Banda (algo como o Chris Stein da BLONDIE) desce do palco e pega uma deliciosa louraça belzebu quase platinada na platéia, e a leva para cima do palco. Coloca a guitarra nela e continua tocando o riff, abraçando-a por trás; depois pega seus braços e NO PALCO ensina a beldade a tocar a música, e enquanto ela arranha a guitarra amplificada e distorcida, desce novamente e pegua OUTRA mulher na audiência e lhe entrega o microfone. Ela fica gritando "Now I wanna / be your dog!", e oferece o microfone a outras pessoas da primeira fila que têm seu momento de Iggy. Enquanto isto, Danny abandona o palco (- "O cara vazou!" exclama sorridente e incrédulo um barbarizado FM) e o show acaba com baixo, bateria e teclados do VLF fazendo base para duas mulheres da platéia que performam na frente do palco! São 3 horas da manhã, e é a coisa mais punk que já vi na vida.

Saindo do COMITE CLUB, FM e eu subimos a Augusta que fervilha em uma madrugada gelada no inverno paulistano. Porradaria no meio do asfalto, nightclubs com luzes piscando, damas da noite, botecos e moçada. A noite vive. Voltamos para casa felizes com a experiência. Viva a Festa!

(ago/2010)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O Fã do Fish


Em outubro de 2001, um de meus grandes ídolos, FISH (frontman da única formação decente do MARILLION, já então em carreira solo) se apresentou em São Paulo e no Rio, na excursão “Fellini Days”.

O show de Sampa no Direct TV Music Hall no dia 10/out foi espetacular. Como se trata de artista completamente “cult”, a platéia era composta prioritariamente por nerds, geeks e afins (anos depois, em um outro show dele no Olympia/SP, minha Namorada comentou: “este é o lugar perfeito para eu trazer amigas solteiras!”). Estávamos todos irmanados pela idolatria a Derek Dick, e o ambiente pré-show era de total descontração e fraternidade. Gente que nunca tinha se visto se tratava como velhos conhecidos, e acabei fazendo contato com diversos amigos de fé e irmãos camaradas.

Dois dias depois (12/out/01) o Peixe ia se apresentar no Canecão no Rio. Eu estava tão emocionado e deslumbrado com a apresentação paulista que viajei para o Rio para assistir de novo à gig, desta vez acompanhado pelo Brother Gloug (a foto anexa é exatamente deste evento, nós dois na mesa do Canecão).

Chegamos cedo ao Canecão, e quem encontro lá sentado em uma das mesas? RPAF, que eu tinha conhecido dois dias antes no show em Sampa! Estava acompanhado pela Esposa M, e tinha levado um álbum de fotos do FISH tiradas por ele.

O cara sem dúvida era muito mais fã do que eu (e olhe que sou um bitolado!...). Ele foi à Escócia para uma convenção de fãs (o fã-clube se chama The Company), na casa do próprio Fish. E tirou diversas fotos do evento. Fiquei folheando o álbum, fotos das pessoas, de músicos, da casa do Peixe... até que uma foto me despertou mais curiosidade: uma vista de cima de um vaso sanitário, aberto.

Perguntei ao Fã do Fish que foto era aquela, e ele me explicou:
- “Lá pelas tantas me deu vontade de fazer xixi, e perguntei onde era o banheiro. Me indicaram, e eu entrei na casa. Enquanto urinava, me ocorreu: É AQUI QUE O HOMEM CAGA! E tive que tirar uma foto!...”

Fã é isto!

(ago/2010)