quinta-feira, 14 de abril de 2011

Turn Around

Guia para compreender "Total Eclipse of the Heart", da Bonnie Tyler.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Velvet Goldmine

(01/fev/2000)

Temos a oportunidade de assistir a duas horas de aula de História recente ao som de uma requintada trilha sonora: "Velvet Goldmine" está em exibição em um restritíssimo circuito de cinemas.

Trata-se da história romanceada de algumas figuras cruciais do "glam rock" andrógino do início dos anos 70, focando o então genial David Bowie e o vulcão permanentemente ativo Iggy Stooge (hoje "Pop"). Um terceiro personagem engloba o que seria Andy Warhol com um "molho" de Marc Bolan e Brian Ferry.

A caracterização de Bowie é perfeita, mas a performance de palco de Ewan McGregor como Iggy é absolutamente antológica. Ele já arrasara em "Star Wars - Episode I", e não fosse eu um limitado heterosexual, já estaria apaixonado pelo cabra. Seu mise-en-scène executando "TV Eye" é puro Iggy nas veias, e ali vemos o nascimento do rock mais visceral do planeta. Quem acha que existe criatividade na música / performance atuais precisa ver Bowie de joelhos no palco frente a Mick Ronson, agarrando-o pela bunda e chupando louca e desenfreadamente sua guitarra em uma das mais célebres cenas da história do Rock, aqui reproduzida à perfeição.

Estas duas seqüências já valeriam o filme inteiro, mas também a trilha sonora é primorosa: 3 músicas do primeiro disco do Roxy Music (incluindo "Ladytron" e "Virginia Plain"), 3 do primeiro Brian Eno (com uma longuíssima sessão da alucinógena "Baby's on Fire"), 3 do T. Rex (uma incendiária versão da incendiária "20th Century Boy"), "Satellite of Love" do chatinho Lou Reed; "Gimme Danger" e a já citada "TV Eye" de Iggy, e muitos etcs, em versões originais e/ou regravações à altura - ou ainda mais altas.

Não se deixe levar por minhas palavras, no entanto. O filme chega a ser boring, e meu entusiasmo se deve à trilha sonora formada por puro delicatessen. Para pesquisadores, apreciadores, dinossauros e alucinados, trata-se de uma película obrigatória (com no mínimo algumas cervejas na mochila); mas para quem está satisfeito e acredita que acontece alguma coisa inteligente no panorama musical atual, é preferível se manter na felicidade da ignorância e continuar achando que existe alguma espécie de vida neste limbo povoado por zumbis...

Belíssima dica, Mr. Martinelli.

Saudações at the loudest volume!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Herzeleid

Finalmente comprei HERZELEID (1995), o primeiro disco do RAMMSTEIN e que era o único que me faltava.

Trata-se do disco conhecido nos meios metaleiros como "o disco da capa gay". Como todos os demais álbuns da Banda, é uma verdadeira, completa e acabada obra-prima. Um pouco mais 'rough' do que os demais, mais primitivo, mas já carregado de guitarras inebriantes, riffs irresistíveis e uma genial "colcha de teclados" que permeia os quase 50 minutos de revesamento entre o Progressivo ultra bem-feito e O Melhor Metal do Planeta.

Todos os discos do RAMMSTEIN têm 11 músicas, e nenhuma delas termina "fading out". É raríssimo uma Banda que TODOS os discos sejam bons de ponta a ponta - mas neste presente caso são excepcionais de ponta a ponta. Recomendo sem reservas a aquisição de toda a obra - à exceção, talvez, de ROSENROT que é um disco de sobras do REISE REISE (embora "Benzin" e "Te Quiero Puta" sejam sensacionais!).

Du Riechst So Gut!

(fev/2011)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Cheese’n’shake

É muito fácil encontrar a mim ou aos Amigos paulistanos depois de um show de Rock: temos o ritual do cheese’n’shake, que inclui um robusto megacheeseburger (habitualmente com salada, bacon, maionese ou cebola, ou então com salada e bacon e maionese e cebola) e um milk-shake de 900ml por cabeça, fora as cocas, fritas, etc. E não, ninguém divide nada!

Já deixou de ser uma tradição, e se tornou um ritual. São Paulo é pródiga em hamburguerias, e se o hábito (“what were once vices are now only habits”) iniciou no JOAKIN’S, hoje temos aqueles que preferem o FIFTIES (meu caso), o NEW DOG, o STOP DOG e outros menos cotados. Por exemplo, após os dois shows do RAMMSTEIN no final de 2010 nos esbaldamos no PIBUS da JK tão-somente por questões práticas.

A melhor história é contada por Fabio Martin, fã ardoroso e incondicional do JOAKIN’S – a ponto de achar que a melhor coisa de minha casa é situar-se na zona de entrega deles. Martin foi lá com um Amigo após um show, e perguntou ao Garçom:
- “Vocês dividem milk-shake de 900ml?”
- “Sim”, respondeu o Garçom.
- “Ótimo! Então vê TRÊS pra gente, por favor!...”

(fev/2011)

sábado, 8 de janeiro de 2011

Amy Winehouse pagando peitinho

Para quem ainda não viu...
(em Santa Tereza/RJ, jan 2010)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Enriquecendo o idioma

Proponho a criação da expressão: "What the fiuk?", com os desdobramentos "Who the fiuk are you?", "Go fiuking crazy", "Don't fiuk me", etc.

Fabio Martin (vovô do Fiuk) adiciona: "Motherfiuker!", e a pérola "Who the fiuck is Fuck?"

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

YES, they can

Os ingressos para o show do YES em São Paulo em novembro de 2010 se esgotaram. Mas ninguém precisava se preocupar, pois em 2035 haverá nova oportunidade para vê-los na "GRAVE CAN WAIT" WORLD TOUR. Na ocasião, apresentarão 1 minuto inteiramente novo e inédito de TALES FROM TOPOGRAPHIC OCEANS, além da execução de seus antigos sucessos em versões exatamente iguais às dos discos originais. No palco estarão todos os 137 membros das diversas formações da Banda.

Na mesma época GEDDY LEE lançará seu livro "YES, I'M GAY". Um capítulo especial e extremamente concorrido será a narração do que chamará de "my private Tchiburation Experience".

Na excursão do nonagésimo terceiro THE WHO GRATEST HITS, PETE TOWNSHEND cantará com sinceridade emocionante o verso "I hope I die before I get old".

Na primeira fila do show do YES, 25 anos mais senil do que já é atualmente, PreconceituAldo com as mãos em concha na frente da boca estará balbuciando:
- "TOCA VAPOR TRAILS!"...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Open-air em Cambuquira

Quando André VASCO-n contou que tinha ido ao show do Macca em novembro de 2010, Aldo imediatamente indagou:
- "Ele tocou o MEDLEY Suite progressiva do lado 2 do Abbey Road in its entirety???"

Tal pergunta me remeteu a um open-air da RHANA ABREU que assisti em Cambuquira, em julho/2009.

Show de graça em uma noite de sábado, no Parque das Águas. Além de estar toda a população jovem da cidade presente, uns 8 bebados ocupavam a frente do palco. Vagavam para lá e para cá, completamente embriagados e sem noção. Isto inclusive atrapalhava o show, pois fazia com que a platéia ficasse um pouco afastada da boca do palco.

Lá pelas tantas, um dos bebados gritou:
- TOCA RAUL!'
Foi a senha, pois logo outro bradou:
- "TOCA ZÉ RAMALHO!"
E um terceiro:
- "TOCA PINK FLOYD!!!"

Fico imaginando o Aldo na primeira fila do Paul McCartney com as mãos em concha na frente da boca, e gritando:
- "TOCA VAPOR TRAILS!"...